Foto: Marcelo Mora
Um dos momentos mais concorridos do Intercom Norte 2011, que acontece desde quarta-feira em Boa Vista, foi o painel apresentado pela gerente de Desenvolvimento de Jornalismo da Rede Globo, Vera Íris Paternostro, com o tema “O novo modelo de telejornalismo”.
A jornalista abordou como o jornalismo mudou desde o início da história da comunicação não só nas questões tecnológicas, mas também na forma de se fazer comunicação. Segundo Vera, o profissional da área precisou se moldar a esse novo modelo, adquirindo novas características profissionais, passando a ser “multiuso”,
E por conta dessa mudança, a jornalista afirmou que a Rede Globo tem apostado nessa forma de fazer jornalismo e apresentou alguns desses projetos que estão sendo desenvolvidos pela emissora.
Um dos projetos apresentado foi o Parceiro RJ, que conta com a participação dos moradores de várias localidades da cidade do Rio de Janeiro, na produção de matérias. A emissora selecionou oito duplas e cada uma recebeu equipamentos para gravar seu material.
“Nossa intenção é mostrar a realidade desses lugares através dos próprios moradores. Além de uma visão diferenciada, o material é muito mais rico porque é feito por quem vive o dia a dia dessa localidade”, disse a jornalista, mostrando um dos vídeos do momento em que os moradores da Cidade de Deus conseguiram imagens exclusivas do presidente dos EUA, Barack Obama, quando visitou o Brasil.
Outro projeto apresentado pela gerente de Desenvolvimento foi o Passaporte Sportv, que se trata de uma experiência em que a Globo apostou na pré-cobertura da Copa do Mundo da África, tendo como jornalistas, recém-graduados que foram enviados para diversos países que estariam participando do mundial.
Conforme Vera, o objetivo era selecionar jovens sem nenhuma experiência em televisão e muito menos em cobertura esportiva. Todos os 11 jovens selecionados receberam equipamentos para gravação e edição de imagens e transmissão do seu material para o canal Sportv.
“O pretendíamos obter era uma visão diferenciada porque essas matérias seriam produzidas por pessoas com poucas experiências, mas que exatamente por isso não possuem vícios e estão com a mente muito mais aberta e criativa para novos ângulos”, ressaltou.
Por fim, a jornalista afirmou que o momento em que o mundo e, consequentemente, o jornalismo está passando é rico. “Nós estamos o tempo todo mudando e isso é muito interessante para nós que fazemos comunicação nesse país”, finalizou.
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